Rio de Janeiro | duração: 90 min. | classificação indicativa: 16 anos | Capacidade: 120 lugares
Local: Teatro Universitário Cláudio Barradas – R. Cônego Jerônimo Pimentel, nº 546 – Umarizal, Belém
Dias 16 e 17* de novembro
Horários: sáb.: 20h, e dom.: 19h
*No dia 17 de novembro a sessão conta com audiosdescrição.
Altamira 2042 é uma instauração performativa criada a partir do testemunho do rio Xingu sobre a barragem de Belo Monte. Composta por caixas de som que amplificam testemunhos diversos sobre a catástrofe causada pela hidrelétrica de Belo Monte, cada uma porta uma voz, humana e não-humana, escutada nas margens do rio: ribeirinhos afetados pela barragem, povos indígenas, lideranças de movimentos sociais, moradores de Altamira, funcionários do Governo Federal e de instituições socioambientais, a mata, os animais da região, o vento, a chuva, e até o próprio rio Xingu. É a partir desses sons, cantos e também imagens que a performer Gabriela Carneiro da Cunha articula, junto com o público, os diferentes momentos do trabalho: a abertura Rio y Rua, seguida por Dona Herondina, Seu Quebra Barragem e Aliendígena, onde a performer veste e apresenta as diferentes perspectivas desses três seres maquínicos-espirituais que protegem as águas e as matas e que tomam a palavra para mitologizar a História.
Gabriela Carneiro da Cunha é uma artista brasileira que atua nas áreas de performance, direção teatral, cinema, pesquisa e ativismo artístico ambiental. É sócia da Aruac Filmes e idealizadora do Projeto Margens – Sobre Rios, Buiúnas e Vagalumes, projeto multilínguagens dedicado à criação artística a partir da escuta dos testemunhos de rios brasileiros em situação de catástrofe. O escopo deste projeto já incluiu peças teatrais – Guerrilheiras ou Para a Terra Não Há Desaparecidos (2015) e Altamira 2042 (2019)-, longas e curtas-metragens documentais, publicações, debates, oficinas, a rede Buiunas – uma rede entre mulheres, rios e arte – e, mais recentemente, a aquisição de um terreno às margens do Rio Xingu para criação de espaço de residência artística. Altamira 2042 integrou a programação de importantes festivais e espaços teatrais, como o Wiener Festwochen, Festival D’automne à Paris, Festival Kampnagel Hamburgo, Baltic Circle, Holland Festival, Théâtre Vidy-Lausanne, Centre Georges Pompidou e outros. Atualmente, Gabriela prepara seu próximo trabalho sobre o Rio Tapajós, que estreará em 2025. Dirigiu, em parceria com Eryk Rocha, o filme A Queda do Céu baseado na obra homônima do xamã Yanomami Davi Kopenawa e do antropólogo Bruce Albert, produzido pela Aruac Filmes, o filme estreou na Quinzaine des Cineastes em Cannes em maio de 2024.
Ficha técnica
Idealização e Concepção: Gabriela Carneiro da Cunha
Direção: Gabriela Carneiro Da Cunha e Rio Xingu
Diretor Assistente: João Marcelo Iglesias
Assistente de Direção: Clara Mor E Jimmy Wong
Orientação de Direção: Cibele Forjaz
Orientação da Pesquisa e Interlocução Artística: Dinah De Oliveira E Sonia Sobral
Texto Originário: Eliane Brum
“Tramaturgia”: Raimunda Gomes Da Silva, João Pereira Da Silva, Povos Indígenas
Araweté E Juruna, Bel Juruna, Eliane Brum, Antonia Mello, Mc Rodrigo – Poeta
Marginal, Mc Fernando, Thais Santi, Thais Mantovanelli, Marcelo Salazar e Lariza
Montagem de Vídeo: João Marcelo Iglesias, Rafael Frazão e Gabriela Carneiro da Cunha
Montagem Textual: Gabriela Carneiro da Cunha e João Marcelo Iglesias
Desenho Sonoro: Felipe Storino e Bruno Carneiro
Figurino: Carla Ferraz
Iluminação: Cibele Forjaz
Concepção Instalativa: Carla Ferraz E Gabriela Carneiro Da Cunha
Realização Instalativa: Carla Ferraz, Cabeção e Ciro Schou
Tecnologia/ Programação/ Automação: Bruno Carneiro e Computadores Fazem Arte.
Criação Multimídia: Rafael Frazão e Bruno Carneiro
Design Visual: Rodrigo Barja
Trabalho Corporal: Paulo Mantuano e Mafalda Pequenino
Imagens: Eryk Rocha, Gabriela Carneiro Da Cunha, João Marcelo Iglesias, Clara Mor
e Cibele Forjaz
Pesquisa: Gabriela Carneiro Da Cunha, João Marcelo Iglesias, Cibele Forjaz, Clara
Mor, Dinah De Oliveira, Eliane Brum, Sonia Sobral, Mafalda Pequenino E Eryk Rocha
Diretora de Produção: Gabriela Gonçalves
Coprodução: Corpo Rastreado e Mitsp – Mostra Internacional De Teatro De São Paulo
Realização: Corpo Rastreado e Aruac Filmes