Por Kil Abreu.
Se toda obra de arte nasce de uma intuição essencial, agora é preciso praticar os descaminhos da crítica para encontrá-la. Para olhá-la, vivê-la à distância. Ou para fazer amor com ela. Ou para friccioná-la contra o corpo da cidade, ali na dobra da Avenida Nazaré com a Praça da República.
O ator Cacá Carvalho pergunta sobre a mangueira dentro de nós. A diretora Wlad Lima, sobre a onça dentro de nós. A fotógrafa Paula Sampaio sobre o lance único, a visada singular fora-dentro de nós. O Max Martins pergunta pela Cabana, o pântano, o lugar para ter de onde se ir. Textos são imagens. Imagens são textos. Irmandades. Narrativas concentradas. Afetos de ida e volta. Arte é necessidade. A crítica em crise, precisando lamber a vida.
Vamos pra rua.
(Sobre um primeiro encontro na Casa. Da).
Linguagem.
