Ministério da Cultura e
Instituto Cultural Vale apresentam

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Ministério da Cultura e Instituto Cultural Vale apresentam

3ª EdIçÃo

De 09 a 17

De NoVeMbRo

BeLéM - Pa

EnCoNtRoS

Racismo Ambiental

@Matheus Jose Maria

Praça das Bandeiras | dia 9 | horário das 14h às 15h
Centro Cultural Bienal das Amazônias | dias 9 e  10 de novembro | capacidade: 200 pessoas

As discussões voltadas para o racismo ambiental estão ligadas à degradação do meio ambiente, como consequência dos centros econômicos e de sua urbanização que atinge a toda sociedade, mas principalmente afeta as pessoas ribeirinhas, indígenas, negras e habitantes das periferias das grandes cidades. O debate em torno do tema está, portanto, atravessado pela relação com o território e racialidade, dos corpos racializados que habitam esses territórios, vivem próximos aos rios, às florestas e tem seu sustento e suas histórias permeadas por essa proximidade com a natureza. 

Dia 09 | Sábado 

14h às 15h – Performance Ponto Final, Ponto Seguido | Uýra Sodoma
Local: Praça das Bandeiras

Dois atos: pra lembrar, pra curar. 

Nas mãos, terra.

Plantando em rito sobre o asfalto, Uýra ativa e faz ressurgir um sistema radicular em grande escala. É floresta viva e agoada pra gritos e apagamentos, sarar. A performance  pensa e ativa ressurgimentos de Vida coberta pelas materialidades e imaginários coloniais – as terras, memórias, águas e florestas que dormem debaixo dos asfaltos. Há participação e interatividade entre e com o público. Já foi apresentada em festivais e programações no Brasil e outros países: Kunstraum Museum (Innsbruck – Áustria), Castelo Di Rivolli Museo d’Arte Contemporanea (Itália), Mimo Festival (Porto); Museu Paranaense (Curitiba), SESC Rio Preto (Rio Preto, SP), e SESC Vila Mariana (São Paulo – SP). 



Uýra Sodoma: 33 anos, indígena em diáspora, dois espíritos (Travesti), habitante de Manaus, Amazonas. É bióloga, mestra em ecologia da amazônia, e atua como artista visual e arte- educadora de comunidades tradicionais. Já participou de mais de 50 exposições coletivas, nacionais e internacionais, e apresentou 5 individuais, incluindo sua estreia no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro  e Currier Museum of Arte (EUA). Foi destaque da 34a Bienal de São Paulo, da Bienal Manifesta! (Kosovo), da 13o Bienal de Arquitetura de SP e da 1a Bienal das Amazônias, além de vencedora do Prêmio EDP nas Artes – Instituto Tomie Ohtake, do Prêmio PIPA 2022, do Prêmio SIM à Igualdade Racial 2023 e do Prêmio FOCO Arte Rio 2023. Suas obras compõem Acervos nacionais, de colecionadores e de Instituições como Pinacoteca de São Paulo, Instituto PIPA, e internacionais como Castello de Rivoli (Itália), Institute for Studies on Latin American Art of New York (ISLAA), Currier Museum of Art e Los Angeles County Museum of Art (EUA).


15h às 16h30 – Experiências de ativismo territorial
Local: Centro Cultural Bienal das Amazônias

Participantes: Pedro Alace, Gisiane B`Onça, Roberta Sodré

Mediação: Sâmyla Blois 


Dia 10 | domingo 

14h às 15h  – Como pensar ecologia sobre o asfalto
Local: Centro Cultural Bienal das Amazônias

Participantes: Uýra Sodoma e Sâmyla Blois 


15h às 16h30 – Poéticas, plantas e território
Local: Centro Cultural Bienal das Amazônias

Participantes: Márcia Kambeba e Dona Raimunda Gomes da Silva

Mediação: Sâmyla Blois. 

Márcia Kambeba – nascida na aldeia Belém do Solimões, do povo Tikuna no Alto Solimões (AM), é graduada em Geografia, Mestre em Geografia e Doutoranda em Linguística pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Escritora, poeta, compositora, contadora de histórias, educadora, palestrante de assuntos indígenas e ambientais, pesquisadora indígena. Trabalha com  multiarte.

Raimunda Gomes da Silva – conhecida como Dona Raimunda é uma pensadora ribeirinha do Xingu, que sente a pulsação do rio, da terra, dos elementos da natureza. Ela sabe que não estamos todos no mesmo barco. E que os que mais destruíram são os menos afetados. Com a autoridade dos sábios, ela fala de transmutação, processos em constantes movimentos, possibilidades.


17h às 18h – Lançamento Cartilha de Mezinhagem, de Raimunda Gomes da Silva
Local: Centro Cultural Bienal das Amazônias

Raimunda Gomes da Silva, ribeirinha do Rio Xingu, reúne numa cartilha, as receitas de chás e sumos que herdou da mãe, da avó e da tia. No tempo dos cozimentos reflete sobre o rio, o respeito, a lua, a justiça, a liberdade, o espírito das águas. “As mezinhagens eu tenho que deixar para alguém, algo me diz que eu não posso levar isso comigo”.