Ministério da Cultura e
Instituto Cultural Vale apresentam

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Ministério da Cultura e Instituto Cultural Vale apresentam

3ª EdIçÃo

De 09 a 17

De NoVeMbRo

BeLéM - Pa

EnCoNtRoS

Sobre o direito dos povos de terreiro: sobre patrimônio material e imaterial

Mãe Lulú de Averequete

Local: Terreiro de Mina Dois Irmãos – Passagem da Pedreirinha, 282 – Guamá, Belém – PA
Dia 14 de novembro 
Entrada gratuita sem retirada de ingresso.

Pedimos gentilmente que, para respeitar a tradição e o ambiente sagrado, não compareça com roupas pretas, curtas (bermuda, saia e vestido curtos), decotadas e calça apertada.

O encontro aborda o valor material e imaterial dos espaços de terreiros e suas manifestações culturais oriundas dos movimentos ancestrais negros, que  se apresentam por meio de festas e também nas suas relações com os alimentos, a coletividade, o pensamento e a história. Contando com a participação de representantes de diferentes terreiros, do governo e de estudiosos, as discussões tratam da importância das políticas públicas para reconhecer esses espaços como um bem para a sociedade, local e nacional, e mostrar como essa malha ancestral carrega conhecimento oral, religioso e histórico transmitidos entre gerações. 

Dia 14 de novembro*, das 15h30 às 18h

Participantes: Pedro Neto,  Mãe Eloísa, Ivanir dos Santos, Pai Amilton

Mediação: Daniel Faggiano

*Atividade com interpretação em libras

Babalawô Ivanir dos Santos – Professor, com experiência nas seguintes áreas: educação étnico-racial e questões africanas; direitos humanos e cidadania; relações internacionais; religiões tradicionais da África Ocidental e Afro-brasileiras. Foi Subsecretário de Direitos Humanos do Rio de Janeiro. É professor e orientador  no Programa de pós-graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro; membro da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), do Laboratório de História das Experiências Religiosas (LHER-UFRJ) e Laboratório de Estudos de História Atlântica das sociedades coloniais pós coloniais (LEHA-UFRJ); coordenador da Coordenadoria de Religiões Tradicionais Africanas, Afro-brasileiras, Racismo e Intolerância Religiosa; Conselheiro Estratégico do Centro de Articulações de População Marginalizada; Interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR); Conselheiro Consultivo do Cais do Valongo; Vice-presidente da América Latina no Conselho Internacional da Ancient Religion Societies of African Descendants International Council (ARSADIC), Nigéria. 

Babalawô Ivanir dos Santos

Daniel Faggiano – Bacharel em Direito com Mestrado em Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Especialista em direitos humanos, territoriais e ambientais. Mais de 10 anos de trabalho junto aos povos indígenas da bacia Hidrográfica do Xingu. Atualmente é Diretor Executivo do Instituto Maíra e Indigenista da Associação Indígena do Povo Arara da TI Cachoeira Seca – KOWIT.

Daniel Faggiano

Mãe Eloísa de Badé – Dra. Honoris Causa, Mãe Eloísa de Badé, Yalorixá e zeladora de santo, filha de Badé e Fina Joia, é a quarta geração de mulheres à frente do pioneiro Terreiro de Mina Dois Irmãos.


Pai Amilton – É mestrando em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais na Universidade de Brasília. Coordenador de Educação Escolar Quilombola e Promoção da Igualdade na Secretaria de Educação do Governo do Pará. Professor universitário, militante do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa). Membro do Conselho Religioso da AFAIA. Representante da Seduc no Conselho Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade.

Pai Amilton

Pedro Inátóbí Neto é iniciado no Ilé Àse Pàlepà Màrìwò Sessu (SP); Cientista Social – PUC-SP; Doutorando em Antropologia pelo PPGAS FFLCH-USP; integrante do Centro de Estudos de Religiosidades Contemporâneas e das Culturas Negras – CERNe da FFLCH USP; Consultor da Organização dos Estados Ibero-Americanos – OEI na Diretoria de Promoção das Culturas Populares SCDC/ Ministério da Cultura; produtor cultural; documentarista e artista plástico. Diiretor da Àgò Lònà Associação Cultural, da FUNACULTY – Fundação de Apoio ao Culto e Tradição Yorùbá no Brasil, sócio fundador do Fórum Permanente para as Culturas Populares e Tradicionais, membro do conselho editorial do Canal Pensar Africanamente e integrante do conselho político na Ocupação Cultural Jeholu, Conselho Gestor do Pontão de Cultura Ancestralidade de Matriz Africana no Brasil. Secretário-executivo do Grupo de Trabalho Samba Rural Paulista como Patrimônio Imaterial Brasileiro e Grupo de Trabalho Territórios Tradicionais de Matriz Africana Paulista Tombados.


Dia 14 de novembro, às 19h

1⁰ Terreiro de Nago e Yemanja, Pai Fernando de Ogum 

Foi fundado em 23 de abril de 1967 pelo babalorixá José Ribamar Rodrigues, pai Ribinha de Ogum. Hoje o atual sacerdote do terreiro é o babalorixá Fernando de Ogum, filho biológico do fundador do templo religioso que é uma Casa de Nagô, onde predomina o tambor de mina. A casa também é chamada Instituto Cultural Nagô Afro Brasileiro-ICNAB.

Fernando Antônio Santos Rodrigues, Babalorixá Fernando de ogum, sucessor do Terreiro de Nagô Yemanjá, foi iniciado no terreiro de nagô Santa Bárbara em 26 de julho de 1996 pelo Babalorixá Benedito Saraiva Monteiro, Pai Bene. Tendo como Orixá Ogum e Iansã.

2⁰ Terreiro TUTU – Templo Umbandista dos Tupinambás, Pai Marcelo 

O Templo Umbandista dos Tupinambás foi fundado em 1978 e localiza-se no bairro da Cremação, em Belém, e é representado pelo Instituto Religioso Umbandista. Tem como Orixás patronos Xangô e Oxum, e como Mentores espirituais chefes D. José Tupinambá e Joana Gunça. 

Marcelo Ricardo Soares Machado é paraense, aposentado, casado, tem 57 anos e está nas lides da espiritualidade umbandista há 46 anos. Sacerdote Mor do Templo Umbandista dos Tupinambás, Presidente do Instituto Religioso Umbandista; Diretor Social da Federação Espírita Umbandista e dos Cultos Afro Brasileiro do Estado do Pará (FEUCABEP), na qual também ocupa um assento de Conselheiro Religioso; Membro do INTECAB; Membro do FOPAFRO; E militante ativista nas conquistas em busca de Políticas Públicas aos povos de Matrizes Africanas.

3o. Terreiro – Mina Dois Irmãos 

Fundado em 23 de agosto de 1890, por Mãe Josina de Averequete,  é um dos precursores no culto de matriz africana Mina de Vodunso na Amazônia. Considerado o mais antigo terreiro afro religioso em funcionamento no Estado do Pará, tem organização matriarcal: a segunda geração foi assumida por Mãe Amelinha de Dom José e posteriormente por Mãe Lulú de Averequete. Atualmente, a direção do terreiro está na quarta geração, com Mãe Eloisa de Badé.

Mãe Eloísa de Badé – Dra. Honoris Causa, Mãe Eloísa de Badé, Yalorixá e zeladora de santo, filha de Badé e Fina Joia, é a quarta geração de mulheres à frente do pioneiro Terreiro de Mina Dois Irmãos.

Cortejo + Aniversário de 90 anos da Mãe Lulu + Festa dos Boiadeiros

O Festejo em homenagem aos Boiadeiros é uma festa tradicional realizada há dez anos pelo Terreiro de Minas Dois Irmãos. Os boiadeiros são espíritos encantados de senhores e senhoras de boiadas. A festa conta com a participação de vários terreiros convidados e celebra os 90 anos de Mãe Lulu, além dos aniversariantes do dia o Caboclo Zé de Légua (chefe da cabeça de Mãe Eloisa de Badé), Cabocla Francisca de Légua (chefe da cabeça de Claudete, filha da casa) e Cabocla Rita de Légua (chefe de cabeça de Helen, filha da casa).