Terreiro de Mina Dois irmãos
O Terreiro de Mina Dois Irmãos surgiu em 1890, na Passagem Pedreirinha (no bairro do Guamá, em Belém), com Mãe Josina, que veio do Maranhão e liderou o templo até 1929. O espaço foi passado para Mãe Amelinha. Em 1980 o templo passou para Mãe Lulu, que o deixou para Mãe Elô. No Terreiro de Mina “Dois Irmãos” realiza-se […]
A arte que !Pulsa!
Por Ana Lúcia Ribeiro. Ao iniciar o processo de escrita da crítica sobre a peça de Elisa Lucinda, paralisei no instante em que me vi embasbacada com a grandiosidade de tudo que meus olhos viram, meus ouvidos escutaram e meu corpo sentiu. Por vezes pensei na arte como algo complexo, distante e, ao assistir Parem […]
Vapor é mantra
Texto: Kil Abreu. Fotos: Dudu Lobato. Vapor, ocupação infiltrável, é dança-mantra. É bonito de uma maneira em que a beleza recusa-se ao protocolo. É uma dança para tambor. Dança percussiva. Os corpos dos garotos não imitam, não acompanham a batida. São o próprio bater. Percussão que faz o instrumento quase falar, sendo que pernas, pés […]
Monga e as políticas do corpo
Por Alberto Silva Neto. Quem nunca assistiu, em parques de diversões, ao número da mulher macaco, no qual um truque de luz com espelhos transforma uma linda moça em uma fera? Tenho uma memória viva dessa cena popular desde a minha infância, quando frequentava o arraial montado anualmente em torno das festividades do Círio de […]
Onde está o monstro?
Por Ondovato. Há sempre um monstro em nós, uma monstruosidade que nos habita. Mas adoramos nos dizer criação de deus. Cultuamos e cultivamos esse parentesco com o ser que nos forjou à sua imagem e semelhança, só não levamos em conta nossas pequenas e grandes monstruosidades, aquilo que nos afasta dessa pretensão imoderada. Se deus […]
Momo e eu
Por Elói Corrêa. Fui assistir e fotografar o espetáculo Momo, criado e encenado pelo ator e jornalista Alberto Silva Neto, inspirado em cartas trocadas entre seu avô e seu pai. Momo nos leva a uma reflexão sobre a vida e a morte pelas memórias afetivas. O espetáculo é iniciado e assisto até começar a fotografar, […]
Nando Lima e os anjos sobre Belém
Por Alberto Silva Neto. Ontem, enquanto a cena per(forma)ativa ardia em fogueiras futuristas de nós (nandolimamente falando) foi no calor do frescor do fim de “Iaiá das Que-bradas – A pérfida da jângal” que eco0Uno ESTÚDIO (RE)ATOR: “O que vocês têm pra me dizer antes de morrer ?”(Nando Lima falando) Enquanto ali já nos havíamos […]
Sobre Momo e Alberto Silva Neto
Por Ismael Machado*. O psiquiatra José Ângelo Gayarsa, que se notabilizou por fazer ‘sessões e consultas’ na televisão, costumava dizer que a família- pelo menos a nossa família tradicional ocidental- era fonte das nossas maiores mazelas e traumas psíquicos ao longo da vida. Creio que Nelson Rodrigues assinaria embaixo dessa afirmação com um largo sorriso […]
Lugar de fala é o palco que te pariu
Por Ondovato. Até quando ficaremos calados, acomodados em nossas esferas de conforto, sublimes nesse conformismo resignado? Vinte e dois anos atrás, Elisa Lucinda estreou Parem de falar mal da rotina para “falar o que quiser no palco”. São palavras dela, praticamente encerram o espetáculo, e são reais. A atriz, cantora, poeta, mãe, jornalista, escritora, dramaturga, […]
Elisa Lucinda faz magia negra
Por Kil Abreu. Assisti a Parem de falar mal da rotina faz um bom tempo. A peça tem vinte e dois anos de estrada. A montagem a que assistimos no Pulsa!, em Belém, é um espetáculo diferente do que vi antes. Mas é uma montagem que envelheceu aprendendo a falar a língua do seu tempo. […]